6.9.08

Poesia Só


Abre-se o vidro
Surdez feita de ruído
Poluição, tumulto, placas
Sentidos sem sentido
A língua que não se entende
Fragmento de gente
O tempo de repente
A linguagem
Imprevisível visão do nada
Célula única, desavisada
Casa desabitada
Memória desativada
Vazio destemperado
A carne rala até o osso
A palavra gasta do osso ao pó
Da pobre poesia só

Todo homem é pura poesia e só.

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