20.8.10

Sereia


A nova série 4 elementos (terra, fogo, água e ar) está a caminho...


Sereia - Elemento Água - acrílico sobre tela 90 X 1,10.

9.8.10

Série Criaturas





















Série Criaturas: Pássaro, Galo, Peixe e Rinoceronte. Acrílico sore tela 60X70 e 70X60.


Há o que se pode ver e tocar. Mas há tabém o que se pode inventar. E o que era até então pura imaginação passa a existir de verdade.

26.4.10

Língua Viva


Exposição Temporária "Menas".


Painel "Espie as palavras".


Estação da Luz.


Trecho do texto "Estar sendo. Ter sido." de Hilda Hilst.


Árvore das Palavras: esculutra de Rafic Farah com 16m de altura.


Painel gigante com frases popoulares.


Frases de pára-choque de caminhões.


Capa de um disco (LP) do Chico Buarque.


Expsoição Temporária "Menas"
Museu da Língua Portuguesa

Outro passeio que recomendo muito é o Museu da Língua Portuguesa. Um museu moderno, interativo e totalmente tecnológico que proporciona uma viagem dinâmica e envolvente pelo nosso idioma. Numa atmosfera lúdica e nem um pouco sisuda, é uma verdadeira quebra de paradigma às regras gramaticais do nosso português arcaico, mostrando uma língua viva e mutante como parte intrínseca da nossa identidade cultural. Provavelmente um dos nossos maiores valores, nossa língua é muito mais do que a forma como nos comunicamos, mas como somos na essência. Um patrimônio imaterial que deve sim nos orgulhar e nos emocionar a cada palavra. Até mesmo os menos chegados a uma boa leitura, ou aos desafios da escrita se rendem aos textos expostos em cada esquina do passeio. Afinal, o encontro com cada palavra, frase, letra ou locução ali colocadas é um encontro com nós mesmos.

Sem falar no lugar onde está instalado o museu: no edifício da Estação da Luz, um patrimônio histórico do Século XIX, lindíssimo e muito bem conservado. Um cenário para altas fotos, em frente à Pinacoteca do Estado, outra construção belíssima e que não deixa nada a desejar em relação aos grandes museus da Europa.

A exposição temporária “Menas – O certo do errado. O errado do certo.” É um show à parte, tanto na forma visual como se apresenta quanto na maneira de escancarar nossos “erros” lingüísticos, mostrando como saímos do padrão culto da língua para criar uma maior amplitude de comunicação através de uma linguagem popular. O próprio nome “Menas” já é uma provocação à utilização, errônea, da concordância com o gênero feminino do advérbio “menos” que por ser advérbio é invariável.
Neste universo de letras, ideias e pensamentos onde o popular se encontra com o culto resultando numa mistura de pura poesia brasileira, não há como não se apaixonar ainda mais pela nossa língua portuguesa, com certeza!

A exposição temporária “Menas” vai até 27 de junho.
O museu abre sempre de terça-feira a domingo, das 10h00 às 18h00. Nas últimas terças-feiras de cada mês, o museu permanece aberto até às 22h00. Os ingressos custam R$ 6,00 (inteira) e R$ 3,00 para estudantes (apresentação da carteira).

Pop Art na veia


Auto-retrato



A exposição Andy Warhol Mr. America é a mais completa já trazida ao Brasil até hoje e está em cartaz na Estação Pinacoteca, próximo à estação da Luz de metrô, até 23 de maio. São 44 filmes, 26 pinturas, 58 gravuras, 39 fotos e duas ilustrações. A visita vale muito à pena pela intensidade, criatividade e pensamento do artista. Os quadros da série Marylin realmente emocionam de perto e são maiores do que a gente imagina. Outra coisa é a sensação de como incorporamos sua arte no nosso comportamento, pensamento, modo de pensar, viver, se vestir e se expressar. Ou como ele soube expressar o comportamento de uma época, que dura até hoje, em sua obra. É incrível como ele traduz até hoje nossa atitude e essa cultura de massa cada vez mais presente no nosso cotidiano. Artista multimídia que se não se conformava com uma sociedade consumista e capitalista ao extremo e falava o que pensava sobre essa relação do homem com o status, a beleza, o sucesso e a estética do comportamento formatado.

Você pode conferir as obras de Warhol de terça a domingo, das 10h às 18h, a R$ 6 o ingresso, com possibilidade de meia entrada para estudantes do ensino fundamental, médio e superior. E se for cliente do CITI Bank, basta apresentar o cartão do banco que a exposição é grátis.

14.4.10

Timeline Lovers




O cúmulo do pragmatismo: expressões cheias de impressões em apenas 140 caracteres.

Silêncio total do outro lado do teclado. Seria um mero offline ou um sinal de total desinteresse pelo lado de cá do teclado? Ó dúvida cruel.

Mania de perseguição: pessoas estranhas me seguindo. Devo me preocupar pacas, pouco ou picas?

Troca de energia gracinha: VC twitta. Eu RT. Quem sabe a conversa não evolui para uma DM?

Coitada da nossa língua portuguesa. Agora é escrita em 140 caracteres. Haja resumo pra tão pouco espaço. Salve o link!

Frases enlatadas. Pensamentos espremidos. Palavras condensadas. Se caprichar no tempero, o cardápio pode ser bem interessante.

Você me segue para ser seguido ou é puro interesse?

Instabilidade total no twitter: Follow. Unfollow. Follow. Unfollow. Follow. Unfollow.

Vertigem total: cursores enlouquecidos. Cliques alucinados. Infinitos acessos. Links badalados. Curiosidade sem fim na janelinha virtual.


A gente se encontra no twitter. No seu ou no meu?

Seguir ou ser seguido. Eis a questão!

Los Destemidos em: a saga da vida real.


foto de Paulo Vieira

Destemidos não têm medo de encarar a realidade.
Trabalhar até tarde.
Ouvir todo tipo de bobagem.
Mesmo ganhando salário pela metade.


Destemidos não têm medo de dizer a verdade.
São movidos à boa vontade.
À busca pela criatividade.
À lei da sinceridade.

Destemidos não têm medo de nada.
Usar roupa amassada.
Assumir a parada.
Comer pizza de madrugada.

Destemidos não têm medo da luta diária.
De estação rodoviária.
De correção monetária.
De vacinação contra a gripe aviária.


26.3.10

Balada do Tempo (O Tempo Avuadô)


Xilo de J. Victtor para o cordel “O Velho Raimundo e o Anel Misterioso”.


O tempo avuô...
Côro: Avuô... Avuô...

Deixa o tempo avuá...
Côro: Avuá... Avuá...

Cê num foge do tempo, minino.
Que ele vai te pegá...
Côro: Avuá... Avuá...

O tempo avuô...
Côro: Avuô... Avuô...

Deixa o tempo avuá...
Côro: Avuá... Avuá...

Quem avua com tempo, minina.
Deixa a vida levá...
Côro: Avuá... Avuá...

O tempo avuô...
Côro: Avuô... Avuô...

Deixa o tempo avuá...
Côro: Avuá... Avuá...

Se o tempo num avua, minino.
Ocê pára no ar...
Côro: Avuá... Avuá...

O tempo avuô...
Côro: Avuô... Avuô...

Deixa o tempo avuá...
Côro: Avuá... Avuá...

Quem avua com vento, minina.
Num se pode para...
Côro: Avuá... Avuá...

O tempo avuadô...
Quem num sabe, apavoro...
Se perdeu num pensamento...
Virô pó no firmamento...
Côro: Avuô... Avuô

18.3.10

"O petróleo é nosso" é tão Anos 70!



Sempre que posso, acompanho as críticas do Jabor e compartilho do mesmo sentimento que ele expressa em relação aos temas polêmicos do país.
Mas, particularmente nesta quinta-feira, 18 de março de 2010, sou obrigada não só a discordar, mas também a me manifestar a respeito do que ele disse sobre o pré-sal e os royalties do Rio de Janeiro.
Eu adoro o Arnaldo Jabor, mas levantar como argumento - contra a lei do Ibsen que determina o repasse proporcional das riquezas do pré-sal aos estados brasileiros – o fato do Rio de Janeiro ter sido já prejudicado com a perda da sede da capital da República (lembra?), de sedes industriais (responsabilidade única e exclusiva dos governos vigentes e seus incentivos fiscais) e, finalmente, ser entregue à gestão de governos e políticos desinteressados e corruptos, que deixaram o estado e a cidade à mercê de “camelôs e do crime organizado”, em suas próprias palavras... francamente!
Acho sim, que esta lei deve ser discutida por ser uma decisão delicada, que precisa ser pensada, planejada. Coisa que o Brasil ainda não está acostumado a fazer. Mas também na podemos encarar essa discussão dessa maneira tão “maniqueísta”. Afinal das contas, o que dizer de São Paulo? Um estado responsável pela geração de um PIB expressivo, revertido proporcionalmente em investimentos que beneficiam todo o país, apesar de todo o seu histórico de dirigentes irresponsáveis (vide Maluf, Pitta, etc) e, apesar de tudo isso, continua trabalhando e gerando riquezas que se dividem e se revertem por todo o país?
Agora sou eu, uma “Maria ninguém” que pergunta: onde fica São Paulo e seu povo guerreiro. Com todo o respeito, Jabor, ainda não sou contra, nem a favor a distribuição proporcional das riquezas do pré-sal por todos os estados brasileiros. Mas seus argumentos foram fracos e, no mínimo, infundados. Tão antigos e vazios quanto o Brasil Colônia.
Acho que os outros estados, pelo menos São Paulo, merecem um pouco mais de respeito no que se refere à sua importância histórica no desenvolvimento deste país, mesmo no que se refere a tantas injustiças cometidas contra o estado do Rio de Janeiro.
Você até finaliza o seu texto com uma previsão ameaçadora no que diz respeito às Olimpíadas e toda a questão da candidatura do estado do Rio. Como se fosse fruto de uma disputa política, onde hinos de Ode ao Rio foram entoados aos quatro cantos, aproveitando-se dos clássicos “Cidade Maravilhosa” ou “Rio de Janeiro como eu gosto de você”... enfim, esquecendo-se de que São Paulo também estava nesta disputa e perdeu. Não por conta dos seus recursos ou capacidade de realizar, mas por conta justamente da paisagem e beleza estonteante do Rio, das forças politicamente poderosas como a Globo. Justamente os argumentos que você repudia agora!
Então, Jabor, não perca mais o foco. Você tem razão quando diz que essa lei é irresponsável. Mas porque ameaça a vida de milhares de pessoas (fluminenses) que sobrevivem das atividades e recursos oriundos do petróleo. Não porque o estado do Rio se sente ultrajado por ter sido, no passado, a grande e próspera capital da República e hoje estar no estado que está. Essa culpa não é do pré-sal! Aliás, as desgraças do Rio são resultados de outros tempos, até dessa cultura colonial, como você mesmo já disse antes em outros comentários. O problema é que, apesar de ser a cidade maravilhosa, o Rio e todo o estado, parou no tempo... talvez naquele tempo dos maravilhosos pecados e tentações da velha colônia.
Mas apesar de tudo isso... o Rio de Janeiro continua lindo!

Pense nisso.

8.3.10

Com licença poética




Quando nasci um anjo esbelto, desses que tocam trombeta, anunciou: vai carregar bandeira.

Cargo muito pesado pra mulher, esta espécie ainda envergonhada.

Aceito os subterfúgios que me cabem, sem precisar mentir.

Não sou feia que não possa casar, acho o Rio de Janeiro uma beleza e ora sim, ora não, creio em parto sem dor.

Mas o que sinto escrevo.

Cumpro a sina.

Inauguro linhagens, fundo reinos - dor não é amargura.

Minha tristeza não tem pedigree, já a minha vontade de alegria, sua raiz vai ao meu mil avô.

Vai ser coxo na vida é maldição pra homem.

Mulher é desdobrável.

Eu sou.


Adélia Prado, muito obrigada por ser mulher.

28.2.10

Tolerância




"Não concordo com uma única palavra do que dizeis, mas defenderei até a morte o vosso direito de dizê-la." Aristóteles.

Interessante e totalmente atemporal este pensamento. Por isso os filósofos são, na minha opinião, atuais e imortais.

Além de democracia de pensamento, esta frase também tem muito de uma coisa que, cada vez mais, precisamos ter nos dias de hoje: tolerância!

Penso que até os reacionários mais ferrenhos, os preconceituosos, os moralistas, os tradicionais, e os ignorantes têm o direito de pensar como pensam, contanto que achem a mesma coisa de quem não pensa como eles.

Quanto mais eles se expressarem dizendo o que pensam sobre os opostos, melhor.
Enquanto eles apedrejam os homossexuais, os negros, as mulheres, os pobres, os libertários, as prostitutas, os poetas, os streapers, os artistas... mais podemos ter a noção do mundo que vivemos. Que apesar da revoluções tecnológicas, nosso maior desafio mesmo é conviver com a diversidade. De certa forma, as retaliações também avançam com o tempo: fogueiras, apedrejamentos, enforcamentos, exclusões, piadas, desprezo, ofenças, ponta-pés, olhares, despensas.

Eu tento. Eu exercito minha tolerância. E cada vez que eu acho que vou explodir, eu penso na frase do Aristóteles:
"Mesmo não concordando com o que você diz, lutarei até o fim pelo seu direito de continuar dizendo o que pensa, sempre."

É isso.