A redenção do redator, sempre relegado às letras miúdas econômicas das criações com base no jargão popular “uma imagem vale mais do que mil palavras” (e eu quero ver você dizer isso através de uma imagem!), começa com a penosa descoberta de um conceito de verdade e termina com letras garrafais preenchendo todo o espaço do anúncio, sem ter que competir com imagens, efeitos e afins... o preto no branco, ou qualquer cor que lhe apeteça... o importante mesmo é a mensagem em si. Ela tem que ser inteligente, original, inusitada, bem humorada, forte, reflexiva... enfim, seja lá o tom da palavra, ela é o peso do anúncio, a vedete principal: o início - o meio e o fim, ou melhor, o ponto final (já dizia Rauzito, o maluco beleza). E como isso é difícil, não é pra qualquer um, tem redator que passa uma vida inteira tentando e só passa ridículo! A morte para um redator é ter que criar os famosos títulos “foto-legendas”, quer dizer, o título vai lá, no lugar que lhe cabe no latifúndio da peça pra reforçar o que a imagem está querendo “dizer”. Ou seja, explica a foto aí, pra que não reste dúvidas... a imagem, a imagem, sempre a imagem! Eu queria ver as pessoas numa reunião de trabalho se comunicando através de imagens... ainda é capaz de algum idiota ignorante dizer que assim elas ficariam menos chatas e maçantes! Mas mesmo assim, dizendo isso, ele teria inevitavelmente que utilizar as palavras, porque vai falar isso através de uma imagem! Alguém aí já viu uma marca de sucesso que não tenha ou não seja chamada pelo nome? O Prince já tentou isso uma vez e foi um fiasco! Até quando nos falta a palavra diante de alguma coisa incrível, a gente acha bonito dizer: fiquei sem palavras! E pensando no macro mundo agora, porque por incrível que pareça senhores publicitários, existe sim um mundo lá fora, habitado por pessoas de carne e osso que não necessariamente estão vivendo passivamente à espera de um anúncio milagre criado por você pra não morrer de sede! E pensando no mundo lá fora, o que seria da bossa nova sem as “letrinhas” da garota de Ipanema? O que seria dos Titãs sem a poesia de Arnaldo Antunes? O que será, que será da música brasileira sem a sonoridade das histórias de Chico Buarque? O que seria, afinal, do Tarzan sem o seu grito inconfundível? Mais um maluco marombado, pelado, estressado, pendurado num cipó balangando pra lá e pra cá... pra quê mesmo?
25.9.08
O grito do Tarzan
A redenção do redator, sempre relegado às letras miúdas econômicas das criações com base no jargão popular “uma imagem vale mais do que mil palavras” (e eu quero ver você dizer isso através de uma imagem!), começa com a penosa descoberta de um conceito de verdade e termina com letras garrafais preenchendo todo o espaço do anúncio, sem ter que competir com imagens, efeitos e afins... o preto no branco, ou qualquer cor que lhe apeteça... o importante mesmo é a mensagem em si. Ela tem que ser inteligente, original, inusitada, bem humorada, forte, reflexiva... enfim, seja lá o tom da palavra, ela é o peso do anúncio, a vedete principal: o início - o meio e o fim, ou melhor, o ponto final (já dizia Rauzito, o maluco beleza). E como isso é difícil, não é pra qualquer um, tem redator que passa uma vida inteira tentando e só passa ridículo! A morte para um redator é ter que criar os famosos títulos “foto-legendas”, quer dizer, o título vai lá, no lugar que lhe cabe no latifúndio da peça pra reforçar o que a imagem está querendo “dizer”. Ou seja, explica a foto aí, pra que não reste dúvidas... a imagem, a imagem, sempre a imagem! Eu queria ver as pessoas numa reunião de trabalho se comunicando através de imagens... ainda é capaz de algum idiota ignorante dizer que assim elas ficariam menos chatas e maçantes! Mas mesmo assim, dizendo isso, ele teria inevitavelmente que utilizar as palavras, porque vai falar isso através de uma imagem! Alguém aí já viu uma marca de sucesso que não tenha ou não seja chamada pelo nome? O Prince já tentou isso uma vez e foi um fiasco! Até quando nos falta a palavra diante de alguma coisa incrível, a gente acha bonito dizer: fiquei sem palavras! E pensando no macro mundo agora, porque por incrível que pareça senhores publicitários, existe sim um mundo lá fora, habitado por pessoas de carne e osso que não necessariamente estão vivendo passivamente à espera de um anúncio milagre criado por você pra não morrer de sede! E pensando no mundo lá fora, o que seria da bossa nova sem as “letrinhas” da garota de Ipanema? O que seria dos Titãs sem a poesia de Arnaldo Antunes? O que será, que será da música brasileira sem a sonoridade das histórias de Chico Buarque? O que seria, afinal, do Tarzan sem o seu grito inconfundível? Mais um maluco marombado, pelado, estressado, pendurado num cipó balangando pra lá e pra cá... pra quê mesmo?
23.9.08
Um dia na vida de Skivo Egos Job – o cara da criação
Skivo realmente se considera um cara diferenciado... por isso seus prazos são maiores e, por conseqüência, os baba ovos de plantão se amontoam em frente a sua máquina, admirando sua obra e esperando por uma migalha de brilhantismo que possa escapar. Skivo sempre vende seu trabalho como se ninguém tivesse pensado naquilo antes e o pior é que todo mundo acredita! E quando o cliente recusa, é possível perceber o rubor que se forma por baixo de sua bochecha trêmula e relutante em esconder a birra infantil que grita dentro dele, pedindo pra sair... sua reação contida mal consegue disfarçar sua inconformidade com a ignorância do interlocutor que não soube entender o seu trabalho, obviamente por causa da “miopia crônica que se instala e se alastra pelos departamentos de marketing das corporações”, diz ele em voz alta e sínica para seus colegas. Ele simplesmente não admite a recusa, não sabe conviver com o “não” porque pensa que, por estar acima do bem e do mal, que não é compreendido por tamanha genialidade e por isso, se consome assistindo seu talento escorrer pelos dedos das mãos dos ignorantes e desavisados. É aí que uma voz tendenciosa susurra lá de dentro de sua consciência brilhante: “pensa no dinheiro Skivo”... então ele se conforta com a idéia de poder comprar o próximo laptop ainda mais poderoso, com tecnologia wi-fi de última geração que acaba de ser lançado, ou aquele carro que só tem quem fez por merecer, ou ainda fazer aquela viagem que estava adiando há tanto tempo para Dubai... respira fundo e aliviado e vai embora pra casa feliz e no horário, com aquela sensação de dever genialmente cumprido.
19.9.08
Visita revisitada
Visitando consoantes reticentes
Me vi obrigada a abrir um parênteses
Que texto mais trilha sonora
Que meu deu vontade de aumentar o som
E soltar a minha escrita rouca
Minhas pupilas saltadoras não paravam de se mexer
Seguindo sem pestanejar as palavras
Vidradas
Eram toda atenção àquelas linhas flutuantes no espaço virtual
E nada passava batido
O Sarau saiu no jornal
As fofas viraram bonecas!
É isso aí... as estrelas da música Amy Winehouse e Madonna agora em versão Lego! Elas foram imortalizadas pela fábrica de brinquedos Lego e viraram bonequinhas de plástico (mas não é nada disso que você está pensando, animal!). As miniaturas foram feitas em comemoração aos 30 anos do brinquedo e não estão à venda ao público, ou seja, é só pra você saber mesmo! rs
Fonte: IG Gente - Notícias.
18.9.08
In dog we trust
A campanha reúne filmes, anúncios, peças para internet e rádio e foi baseada na estratégia da MTV de transformar o cachorro em ícone do VMB, já que o troféu distribuído aos vencedores do prêmio tem formato de cão. A ação busca, inicialmente, aguçar a curiosidade das pessoas, levando-as a acessar o hotsite da campanha - www.indogwetrust.com.br.
No endereço, o internauta encontrará o personagem Mestre Clovis, criador da Dogma, ordem dos adoradores de cachorro. O usuário do site também poderá conhecer a filosofia da Dogma, a sede mundial, navegar pelo Dogtube e fazer o teste do Cachorrômetro, entre outras atividades.
A campanha também prevê intervenções no conteúdo da programação da MTV, além de contar com pessoas vestidas com camisetas estampadas com a palavra “Dogma”, em baladas e lugares públicos.
Na segunda fase, que começa a ser veiculada esta semana, os anúncios e vídeos mostram a figura de Mestre Clovis apoiando o VMB, revelando o mistério da fase teaser.
O foco da segunda fase é motivar as pessoas a votarem no VMB e a assistirem ao evento.
17.9.08
Revelação
refletir minha imagem
expor meu avesso
explorar o meu tempo
desvendar meus contrastes
arte da verdade
mostrar meu contexto
expressar minhas impressões
conjugar o meu verbo
revelar minha arte
Ritmo
Foto 1000 imagens: Guilherme Limas
No vento, tempo, lento... sonolento lamento
Na hora, lá fora, aflora... a glória implora
No louvor, fervor, amor... o temor é ardor
Na passagem, viagem, bobagem... a miragem que paisagem
No bolero, hemisfério, acelero... te espero e quero
No tormento da vitória.
No calor... na vertigem desse clero, desespero... sou atento
Um batimento de esperança
Sou criança e despautério
Tão longe, tão perto
Redigir é insistir!
As letras do meu dicionário
são figurinhas carimbadas deste papel cheio de vazios
Da solidão que traça no nada
uma história que precisa ser contada
Impossível ser decorada
mas facilmente imaginada
Mais que um golpe de expressão
um atestado de vida impresso
Reconhecido firmamento
de uma existência que pela própria essência,
pensa e logo insiste nesta escrita.
16.9.08
Desejo
te desejo saudades boas
desejos novos
risadas, te desejo muitas
te desejo noitadas
te desejo gargalhadas
te desejo verdades
amizade de verdade
te desejo encontros
te desejo tempo
sonhos
te desejo muitos
isso é tudo que te desejo para comemorar a vida!
Meu primeiro Sarau
Que domingo no parque, que nada. A moda agora é domingo no sarau!
É isso aí... vou debutar num sarau e estou bem empolgada com esta idéia. Aceitei o convite despretenciosamente, como uma oportunidade de expor meus textos num espaço físico onde possa observar a reação das pessoas ao ler e ouvir meus pensamentos. Um tanto quanto arriscado isso, eu sei. Mas por que não? Afinal de contas, não estarei lá me expondo sozinha, estarei muito bem acompanhada por outros corajosos de letras, pincéis, lápis, câmeras, instrumentos, corpos e idéias em punho. Todos a fim de mostrar o que pensam da vida. Alguns, fazem isso pra ganhar seu pão, outros apenas pra se libertar. Enfim, vai ter muita gente boa, do bem, disposta a se expressar e fazer o domingo passar de um jeito diferente. Vai ter muita coisa legal rolando e, se eu fosse você, deixava a vida acontecer num programa como este. Então, só pra variar um pouquinho: mude o canal neste domingo e vem com a gente!
Onde: Amora Restaurante e Bar
Quando: 21 de setembro, domingo, das 11 às 18h
Mais detalhes, clique na imagem para ampliar
I want to break free
O antológico clip do Queen, que passou no fantástico há décadas atrás, não poderia ficar de fora da minha seleção clássicos e afins. Muito bom humor, talento e a inesquecível voz deste cara que até hoje mexe com a cabeça e as cadeiras do mundo todo. Um dia desses, alguém escreveu, em algum lugar, que o Queen é a banda mais visitada, do You Tube... e mesmo não sabendo a fonte ou a veracidade dessa notícia... eu simplesmente acredito!
Crazy Alanis Morissette
Para quem já viu, é sempre bom repetir a faixa e para quem ainda não viu, vale muito à pena conferir este clássico do Seal interpretado pela grande Alanis. Além de uma voz de outro mundo, o que impressiona na Alanis é a sua personalidade, sempre com aquela sutil discrição que nunca esconde a que veio. Sem falar na audácia da moça, que neste clip arrasa no grand finale. Boa viagem!
Maracão
Maracão é o nome deste vídeo, vencedor do Festival Anima Mundi 2008 na categoria Celular pelo Júri Popular. Trata-se de um vídeo criado e desenvolvido para o desktop da tela de celulares. O cão Maraca interage com a engenhoca ao ouvir a música de um celular tocando na rua...Melhor Animação Brasileira pela Oi!
11.9.08
O beijo
9.9.08
Cansaço
Das esperas sem chegadas
Das idas sem voltas
Das perguntas sem respostas
Das promessas sem compromisso
Dos convites sem data
Das piadas sem graça
Dos carinhos sem evolução
Dos beijos sem tesão
Da vida sem emoção
Das palavras sem verdade
Da beleza sem recheio
Das investidas sem coragem
Das histórias sem fim
Dos desejos sem fundamento
Das paixões mal resolvidas
Das pessoas sem juízo
Dos medos sem sentido
Das loucuras sem razão
Dos sonhos sem contexto
Dos textos sem sujeitos
Das confissões sem ouvidos
Das declarações sem consideração
Dos desabafos sem abraços
Do socorro sem ajuda
Da enorme distância que separa os seus interesses dos meus
6.9.08
Cordel Paulista
Poesia Só
Surdez feita de ruído
Poluição, tumulto, placas
Sentidos sem sentido
A língua que não se entende
Fragmento de gente
O tempo de repente
A linguagem
Imprevisível visão do nada
Célula única, desavisada
Casa desabitada
Memória desativada
Vazio destemperado
A carne rala até o osso
A palavra gasta do osso ao pó
Da pobre poesia só
Todo homem é pura poesia e só.